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CASTELO MEDIEVAL DE PENAMACOR
Os domínios de Penamacor foram conquistados por D. Sancho I (1185-1211), que os doou à Ordem dos Templários, na pessoa de seu Mestre no país, D. Gualdim Pais (1189). Visando o seu repovoamento, uma década mais tarde o soberano lhe concedeu Carta de Foral (1199), ratificado em 1209. Datará possivelmente dessa época o início da edificação do castelo. Recentes pesquisas arqueológicas no Cimo da Vila (2003) ainda não confirmam uma ocupação anterior.
Diante do progresso do seu povoamento, D. Afonso III (1248-1279) aí instituiu uma feira anual (1262), atribuindo-se a seu filho e sucessor, D. Dinis (1279-1325), a construção de uma segunda cintura de muralhas no castelo, bem como o início da torre de menagem e da cerca da vila (c. 1300). Não foram identificadas informações sobre o senhorio de seus domínios diante da extinção da Ordem, nesse reinado.
Posteriormente, sob o reinado de D. Fernando (1367-1383), foi iniciada uma barbacã para complemento da defesa do castelo, obra concluída sob D. João I (1385-1433). Durante a crise de 1383-1385, a vila e seu castelo tomaram o partido pelo Mestre de Avis.
A partir de meados do século XVII, no contexto da Guerra da Restauração da independência portuguesa, Penamacor readquiriu importância estratégica sobre a fronteira. Por essa razão, o Conselho de Guerra de D. João IV (1640-1656) determinou a modernização e reforço das suas defesas, visando a sua adaptação aos avanços da artilharia. O empreendimento, a cargo do Governador das Armas da Beira, marquês de Castelo Melhor, resultou no reforço dos muros da vila com a construção de seis baluartes complementados por mais três meios-baluartes.
Poucas décadas mais tarde, um trágico acidente fez saltar a torre de menagem, então utilizada como paiol de pólvora, destruindo-a (1739). Grande parte dos castelos tiveram este fim.
O progresso urbano registado no século XIX trouxe a retirada da guarnição militar de Penamacor (1834), registando-se a progressiva destruição das muralhas da vila, com o reaproveitamento da pedra pelos habitantes da região. Nesse período destacou-se a demolição da chamada Porta de Santo António, com a aquisição da sua pedra pela municipalidade (1867). Pouco depois, em 1874, Baltasar Pereira da Silva pediu autorização para se desmantelar um baluarte, tendo a Câmara concedido 30 carros de bois para o transporte do material.
Como se na região de Penamacor faltasse pedra para a construção